A Formação das crenças e a interpretação dos Acontecimentos
Formando Crenças
I. Algo acontece.
2. Nós interpretamos o que aconteceu e tomamos uma decisão: é isso que preciso fazer para ser bem-sucedido ou cuidar de mim mesmo ou me sentir bem.
3. Temos uma sensação de certeza com relação a essa decisão.
4. Procuramos e encontramos mais provas de que nossa decisão foi bem tornada. Ignoramos ou negamos os indícios em contrário.
5. A crença começa a comandar a nossa intenção, e a intenção cria o mundo que vivemos.
Interpretando os Acontecimentos
Christine e eu freqüentemente realizávamos workshops que exploravam a forma como as crenças pessoais moldam os relacionamentos. Num desses workshops, uma mulher disse que sua crença principal a respeito de relacionamentos era de que “não se pode confiar nos homens, eles estão determinados a abusar de você”.
Com alguma ajuda, ela descobriu a experiência que deu origem àquela crença. Um dia, quando tinha 12 anos de idade, ela foi visitar uma prima no bar de um tio. Naquele dia, ela foi imprensada num canto por um dos clientes habituais. Ele a agarrou e lhe deu um beijo molhado na boca. Ela o empurrou, enojada, foi embora, e jamais contou nada a ninguém. Mas tornou uma decisão. Ela formou uma crença que moldou as suas atitudes a partir de então.
Nesse mesmo programa havia um homem que me emocionou profundamente devido a suas interações carinhosas com o grupo de 60 participantes. Ele transpirava amor. Dava para sentir o amor saindo de seu coração.
Durante um dos intervalos, perguntei-lhe o que havia feito para estar naquele espaço de energia amorosa. Ele me olhou com um sorriso e mostrou o antebraço, onde havia três números tatuados, e me disse:
Durante a II Guerra Mundial, meus pais, minha irmã, dois irmãos e eu fomos todos levados para Auschwitz. Eu fui o único da família a sobreviver. Quando recuperava as forças depois de ser libertado, tive tempo para pensar a respeito dessa experiência.
Às vezes sentia raiva e a desarmonia do ódio. Mas via como essa negatividade estava influenciando a minha recuperação. Então me dediquei a outra experiência, pensando no ambiente de amor em que minha família vivia antes sermos presos. Quando os visualizava, lembrava do amor e da abertura que tínhamos uns com os outros e meu coração se enchia de energia.